Dr. André Ferrão Vargas é Especialista em Cirurgia Mamária e Autor do Trabalho:
“Mamoplastia com Implante de Silicone: Refinamentos do Planejamento Cirúrgico e suas Implicações nos Resultados Pós-Operatórios”.
Trabalho apresentado no 49o Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica para o Concurso de Ascensão a Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Nesse concurso, Dr. André foi aprovado apresentando resultados de pós-operatório de suas cirurgias a uma banca examinadora de Cirurgiões Plásticos ascendendo a Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
A mamoplastia de aumento com inclusão de implante de silicone é a cirurgia plástica mais realizada no Brasil.
A cirurgia visa o aumento de volume das mamas de maneira natural e possibilita correção de assimetrias mamárias, melhora da projeção das mamas assim como melhora da textura das mamas.
Hoje, os implantes ganharam novas formas, além das tradicionais formas redondas. Os implantes anatômicos podem ser utilizados para garantir naturalidade nos resultados pós-operatórios.
O diferencial na mamoplastia de aumento atual é fazer um planejamento pré-operatório individualizado para cada paciente.
A individualização do tipo, forma e projeção do implante, bem como a avaliação da forma, textura e cobertura da região mamária são fatores fundamentais.
A escolha da incisão (cicatriz) e ainda do plano de colocação do implante faz parte importante do planejamento atual.
A possibilidade do uso de plano de duplo acesso sub-glandular e sub-muscular para confecção da loja de colocação do implante permite uma nova dinâmica nesse planejamento.
Assim, temos uma cobertura mais adequada do implante e melhor sustentação em casos selecionados.
Essa abordagem previne resultados desfavoráveis como a sensibilidade das bordas do implante, ondulações visíveis, deslocamentos do implante e mesmo traumas inadvertidos que induzam a respostas inflamatórias e espessamento da cápsula que envolve o implante no processo cicatricial.
No planejamento de uma mamoplastia com inclusão de implante de silicone, alguns fatores da mama têm implicações importantes no resultado da cirurgia e merecem avaliação criteriosa:
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Nas mamoplastias de aumento, em mamas sem ptose (queda), as incisões no sulco mamário e periareolar inferior são as preferidas. A incisão axilar merece restrição pela dificuldade de tratamento futuro de complicações e possível utilização de nova incisão para troca do implante mamário.
Nas mamoplastias em mamas com ptose (queda), a retirada de pele para elevação da mama pode ser feita somente ao redor da aréola e ainda em associação com retirada de pele na parte inferior da mama. A ressecção de pele em volta da aréola resulta em uma cicatriz periareolar e a retirada de pele na parte inferior da mama resulta em uma cicatriz vertical ou ainda na cicatriz tipo “T” invertido.
Espaço Retro-glandular: em pacientes com boa densidade tecidual, subcutâneo e glandular, para adequada cobertura e proteção do implante.
Plano de Duplo Acesso (sub-gladular e submuscular associados): porção glandular na parte inferior da mama e porção muscular do músculo peitoral para pacientes com boa densidade tecidual para cobertura do implante no polo inferior e pouca cobertura no polo superior.
Espaço Retro-Muscular: em pacientes apresentando baixa densidade tecidual para o implante. Retalho do músculo peitoral maior. Associação de retalho do músculo serrátil anterior para cobertura da porção inferior do implante pode ser utilizado nas pacientes que apresentam pouca cobertura no polo inferior.
Os implantes mamários são escolhidos de acordo com medidas corporais e volumétricas e em comum acordo com a paciente. Há possibilidade de uso de implantes redondos e anatômicos de projeção média, alta ou super alta. A escolha final é determinada pela avaliação das mamas e seu potencial de cobertura para o implante de acordo com o tipo de pele, de glândula e de músculo. A flacidez de pele sempre deve ser considerada e corrigida para que sejam obtidos resultados com naturalidade e com durabildade.
A possibilidade de oferecer à paciente um resultado mais duradouro, natural e seguro hoje é uma prerrogativa a ser seguida.
A utilização da inclusão em duplo espaço e a possibilidade da inclusão de implantes anatômicos permitem resultados mais atraentes às pacientes e diminuem os resultados desfavoráveis e as complicações.
As ressecções criteriosas de pele complementam e harmonizam o resultado final.
IMPORTANTE:
A avaliação do paciente em consultório é fundamental para o diagnóstico correto e a indicação do plano de tratamento adequado. Aguardo seu contato para, de maneira individualizada, orientar e planejar o seu procedimento cirúrgico.
Cirurgias Mamárias Corretivas
Nos casos de mamoplastia secundária, nos quais a paciente já possui um implante mamário, deve ser realizada a avaliação do grau de contratura capsular e reação do corpo ao implante.
Na suspeita clínica de contratura grave, a realização de ressonância nuclear magnética no pré-operatório é indicada para comprovação da contratura, localização do espaço de inclusão do implante e espessamento capsular, bem como pesquisa de coleção peri-protética sugestiva de infecção subclínica.
Atualmente o cirurgião plástico tem a sua disposição mais opções de implantes – com novas formas, revestimentos e consistências – e novas técnicas cirúrgicas que podem melhorar os resultados e diminuir o risco de complicações. As diferentes dimensões e formas dos implantes nunca ofereceram tantas possibilidades à cirurgia mamária.
“Com tantas opções disponíveis, cada procedimento deve ser extremamente individualizado. O cirurgião deve considerar o tipo, a forma e a projeção do implante; a forma, a textura e a cobertura da pele. Estas práticas são um refinamento cirúrgico indispensável para a escolha da técnica cirúrgica a ser adotada”, explica o cirurgião plástico André Ferrão Vargas, membro titular da SBCP e da comissão científica de mamoplastia de aumento da ISAPS.
De acordo com cada caso, as próteses podem ser colocadas sob a glândula, sob o músculo ou em plano duplo (uma porção em cada um dois locais). Esta última forma de colocação representa um novo conceito que contempla a melhor cobertura de tecido para o implante e diminui o índice de complicações.
Vale lembrar que a cirurgia também possibilita a correção de assimetrias mamárias. Em situações como essas são utilizadas próteses de diferentes tamanhos ou ainda é realizada a retirada de tecido mamário e pele no mesmo ato operatório.
Os implantes devem ser escolhidos de acordo com as medidas volumétricas e antropométricas e em comum acordo com a paciente. Todas as possibilidades devem ser amplamente discutidas entre médico e paciente e avaliadas no planejamento pré-operatório.
“As possibilidades de forma, projeção e revestimento dos implantes atuais permitem ao cirurgião planejar o procedimento de uma maneira muito mais detalhada. O refinamento no planejamento cirúrgico é essencial para um pós-operatório satisfatório e um resultado natural, seguro e duradouro”, finaliza Dr. André.